Esta postagem não é uma resenha. Aqui, falarei abertamente sobre o enredo do livro e isso trará muitos spoilers. Aconselho que só continue lendo se já tiver lido o livro ou se não liga para spoilers. Só não diga que não avisei, ok?
Ai, gente! Nem sei por onde começar esse texto. Os sentimentos são muito negativos! Já adianto que esta não será uma pseudo-resenha e, sim, um desabafo.
Para começo de conversa: eu não achava necessário ter uma continuação. O enredo foi muito bem encerrado no primeiro livro. Massssss, se vamos ter um segundo livro - e a história do primeiro foi muito legal -, é bom dar uma chance, certo?
Comecei a ler o livro com as expectativas lá em cima, mas não acredito que tenha sido esse o motivo de eu não ter gostado NADA do livro. Nada talvez seja exagero... Eu gostei de UM capítulo. Enfim. Comecei a leitura e, a medida que fui virando as páginas, fui desanimando, me perguntando o que tinha acontecido com a Marina.
Entendam: eu li TODOS os livros da Marina que já foram publicados. Recebi de parceria Simplesmente Ana e Azul da cor do mar, comprei o ebook de Ela é uma fera! e li o conto de carnaval. Amei demais todos. Muito mesmo. Por isso fiquei tão triste com esse livro. Eu não imaginava que não iria gostar de uma história escrita por ela.
Caso tenha pulado a primeira informação deste texto, repito: haverá spoilers! Falarei abertamente sobre o enredo!!!
A Ana está com 22 anos e está namorando o Alex há 2. É a princesa da Krósvia e é obrigada a assumir o poder quando seu pai sofre um acidente de avião. Até aí, tudo bem. Uma pontinha que pode abrir espaço para uma história bem legal.
Como não poderia deixar de ser, Alex fica com ciúme do assessor de Ana, Ivan. Ana vê a ex namorada de Alex saindo de seu apartamento e dá um piti por causa disso. E blá blá blá.
Sinto que estou sendo muito chata e até um pouco rude, mas preciso expor meus sentimentos e a minha opinião.
Um dos pontos que me fizeram ficar arrrrrgh! na maior parte do tempo: o ponto de vista do Alex. Sim, Marina inovou e colocou o ponto de vista dos dois protagonistas e está em primeira pessoa! Não vi diferença nenhuma entre as duas perspectivas. Não vi singularidade dos personagens, não vi uma personalidade bem definida pela parte do Alex. Parecia que era a Ana narrando, só trocando o gênero das palavras.
Outra coisa que me irrita (e que não aconteceu só nesse livro, devo frisar) é quando há dois (ou mais) pontos de vista, de duas (ou mais) pessoas completamente diferentes e elas falam da mesma maneira. Parece que estou sendo redundante, pois já falei isso no parágrafo anterior, mas foi assim que me senti lendo o livro também. Por exemplo: Ana, em uma situação qualquer, diz "providencial". Essa não é uma palavra comum, certo? Principalmente em situações corriqueiras, uma pessoa jovem falando. Mas veja só, capítulos mais tarde, Alex fala essa mesma palavra, que não é muito comum, principalmente uma pessoa jovem falar, em situações corriqueiras.
Enfim, isso me irritou. Parece que, enquanto escrevia, Marina não conseguiu encontrar sinônimos para essa palavra e usou ela para os dois personagens. Não sei se foi o que aconteceu, mas pareceu que sim.
O desenvolvimento da Ana também não foi a melhor coisa da história. Como disse, Ana estava com 22 anos. A repetição constante da expressão "Nome de Cachorro"para se referir à ex do Alex foi terrível!!! Cadê a maturidade da princesa? Com a idade dela, não é possível que esse tipo de atitude seja normal. Posso dizer isso com propriedade porque tenho 21 anos e não faço isso. E as pessoas do meu convívio, com a mesma faixa etária que a minha, também não fazem.
Ela apelidou a inimiga assim no primeiro livro. Beleza. Agora repetir isso o segundo livro inteiro? Cansa demais. E o Alex achar graça, também a chamar assim... Ok, o nome da garota parece nome de cachorro (Laika), mas, por favor, mais criatividade. Não foi uma tirada tão boa assim para ser usada tantas vezes!
Ah! Os comentários... OS COMENTÁRIOS! Ana, por ser a narradora, vai nos contando o que está acontecendo e COMENTANDO isso. Por exemplo, quando ela é sequestrada e seu sequestrador faz alguma coisa contra ela (não me lembro o quê, exatamente), ela fala "Meu Deus, como ele é mau!". OI?????? Eu não sabia se era algo irônico ou o quê! Como o que ele tinha feito era algo ruim, imaginei que não fosse ironia. Outros comentários do tipo aparecem no decorrer da história e foi cômico.
Esse texto está pesado e preciso me desculpar por isso. Não é minha intenção, de jeito nenhum, prejudicar a imagem do livro, da autora ou da história em si. Mas criei o blog com o intuito de falar sobre os meus sentimentos sobre os livros lidos. Não posso mentir ou fingir que gostei de algo.
Já li muitas resenhas positivas desse livro, por isso recomendo que leiam! Opiniões diferentes é algo muito produtivo e legal de ser compartilhado. O livro não funcionou pra mim, mas tenho certeza de que funcionará para muitos outros leitores. Funcionou pra você? Me conta aqui. Talvez eu esteja bastante equivocada e precise reler para entender melhor. Concorda comigo? Vamos nos abraçar e conversar!
Já li muitas resenhas positivas desse livro, por isso recomendo que leiam! Opiniões diferentes é algo muito produtivo e legal de ser compartilhado. O livro não funcionou pra mim, mas tenho certeza de que funcionará para muitos outros leitores. Funcionou pra você? Me conta aqui. Talvez eu esteja bastante equivocada e precise reler para entender melhor. Concorda comigo? Vamos nos abraçar e conversar!
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