Essa nova coluna do blog foi explicada nessa postagem. Lá, aviso que terá spoiler. Por isso, só continue lendo a postagem caso já tenha lido a obra, ou então, se não liga de saber o que realmente acontece no livro.
Não é segredo para ninguém o quanto amo as obras da Jane Austen. Sempre que posso, releio alguns trechos ou os livros inteiros; e recentemente, reli Razão e Sensibilidade. Só que durante a releitura, percebi aspectos que passaram despercebido quando li aos 16/17 anos. E é sobre eles que quero conversar.
O que mais me incomodou na história foi o Coronel Brandon. Isso realmente me incomodou demais. Ele se apaixona pela Marianne, a irmã do meio da família Dashwood. Até aí, você deve pensar, qual é o problema? Nenhum, se não fosse pelo fato de que ele era muito mais velho que ela.
Não tem problema nenhum nisso. Porém, além de ter idade para ser o pai dela, Marianne tinha apenas 17 anos e o Coronel tinha 35 anos. E a paixão dele não é platônica; ele deixa claro suas intenções com a menina.
Sei que na época isso não era estranho, mas para mim, uma leitora do século XXI, foi algo que me desagradou. A própria garota o considera velho demais para ela. A diferença de idade deles é a mesma entre eu e meu pai!!!!
O pior não é isso. Durante todo o livro, Marianne morre de amores pelo Mr. Willoughby, que tem a idade mais próxima. Porém, depois da desilusão amorosa, ela sofre demais por ele e nada a consola, apesar dos esforços de sua família e do Coronel.
Só que, como eu reclamei na resenha, o final é muito corrido. E o casamento dos dois me incomodou bastante. De repente, do nada, ela amadurece e se casa com o Coronel. Depois de ter passado tanto tempo amando Willoughby, ela se conforma com o "pé na bunda" e se casa com o cara que antes considerava um senil.
Essa parte foi bastante forçada, mostrando que a autora não sabia muito bem como aprofundar as coisas, ou então não podia aumentar o número de páginas; não sei o que aconteceu. Mas o fato de ter corrido com as coisas me causou esse estranhamento com a atitude da Marianne.
Diferente do que aconteceu com a Elinor. Gostei bastante do final que Jane deu para ela. Acompanhamos em toda a história seu amor pelo Edward, mesmo que de forma bem mais discreta que Marianne. O fato de eles terem se casado no final só acrescentou um fechamento feliz para um casal que já estava firme no amor.
Teria preferido se Willoughby tivesse se redimido, mudado de atitude e se casado com Marianne. Teria feito muito mais sentido do que ela se casar com Brandon. Não apenas por causa da diferença de idade, mas por causa da mudança de ideia tão repentina.
Ou talvez se Jane Austen tivesse desenvolvido melhor o final do livro, o casamento da irmã do meio não tivesse tão fora de contexto para mim. Coronel Brandon foi firme desde o começo, mas Marianne ficou para mim como uma garota volúvel.
Obviamente, falei demais! hahaha Mas dá pra entender, né? Precisava desabafar sobre esse assunto! Você que já leu esse livro, também se incomodou com a mesma coisa? Ou passou despercebido? E você que não leu, mas leu a postagem, o que acha disso? Quero muito saber a opinião de vocês!!! Vamos conversar sobre isso!
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