Esse livro foi bem diferente do que eu imaginava. Eu pensei que fosse se tratar apenas da relação entre mãe e filha, mas ele foi mais além. Ciúmes, coisas ruins acontecendo com a família, problemas entre os familiares; mas também superação, amor incondicional...
Mariana, ou Nana, é a protagonista narradora deste romance. Ela descobre que está grávida e decide rever seu papel de filha antes de se tornar mãe. O livro conta o passado da família de Mariana. Ela conta esse passado avaliando suas atitudes em relação aos fatos posteriores. Isso é muito legal.
Dona Helena, mãe de Nana, foi abandonada pela mãe e sofreu as consequências desse ato. Por causa disso, sua relação com a filha não era das melhores; pelo menos é o que Mariana pensava na época.
Nana sentia muito ciúmes pela forma com que a mãe tratava o irmão, Guga. Por se sentir rejeitada, ela mantem uma relação muito próxima do pai, Tito. Helena, por sua vez, achava que Mariana tentava “roubar” Tito dela e se sentia deixada de lado, pelo marido e pela filha.
É uma história cheia de mal-entendidos. Pra falar a verdade, foi muita falta de comunicação. Mariana falava algo, Helena entendia errado e por ser mãe, se achava no direito de começar a “discutir” e não deixava Mariana se explicar. Mariana recorria ao pai, o que deixava Helena mais enfurecida ainda e Mariana como a vilã de tudo. Sem contar que Helena protegia muito Guga, deixando clara sua preferência entre os filhos.
Muita coisa acontece e vai fazendo com que Mariana encare os fatos de maneira diferente; lógico, segundo seu ponto de vista do futuro. Achei muito boa a forma com que a autora discorreu os fatos: de forma direta, mas não muito curta, sem deixar faltar detalhes ou detalhando demais. Achei genial esse aspecto.
Comparando com minha vida pessoal, Mariana e eu somos muito diferentes... Eu me dou melhor com minha mãe. Nós brigamos lógico, mas ela é minha melhor amiga. Ela é, antes de tudo, minha mãe, mas ao contrário de Helena, ela sabe que pode ser mãe e amiga ao mesmo tempo. Não sou tão apegada ao meu pai, quanto Mariana. Meus pais não são separados, mas vejo meu pai só à noite e nos finais de semana e ele não entende a relação entre minha mãe e eu. Ele discorda da relação “mãe-amiga”. Pra ele, os pais são pais e amigos são amigos, os dois juntos não rola.
Eu cheguei a postar um tweet dizendo que D. Helena é má e só depois de ler consegui entender o lado dela. E vi que Mariana e eu fomos injustas com ela, muitas vezes.
A capa do livro é maravilhosa, a diagramação é boa, só notei falta de pontuação em algumas frases e quanto a isso sou bem chata. A razão de tê-lo classificado com apenas 3 Jane's é porque a história é boa, mas não é aquela coisa que tenha me conquistado arrebatadoramente. Me marcou, porém não a ponto de se tornar uma das minhas favoritas.
Confira o booktrailer:
Autora: Maria Fernanda Guerreiro
Editora: Novo Conceito
Número de páginas: 272
Onde encontrar: Saraiva -
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Classificação:
Livro concedido pela editora parceira, Novo Conceito.
Nunca li nada assim, ficou curiosa com esse livro Amanda. Acho que faria o mesmo julgamento que você quanto a D. Helena, mas depois de uma reflexão entenderia ela, ou não. Eu gostei bastante dessa capa e de início eu também achei que fosse só relação de mãe e filha, que bom que o livro não é só isso. Parabéns pela resenha Amanda.
ResponderExcluirBeijoca
Ei Amanda,
ResponderExcluirGostei bastante da sua resenha.
Não sabia do que tratava a história do livro e, apesar de não ter te consquistado arrebatadoramente, eu quero ler e descobrir o qual vai ser minha opinião.
Bom, eu sou mãe, tenho três filhos e, meu marido pensa muitas vezes como seu pai, que pais não tem que ser amigo dos filhos... eu não concordo; eu quero e procuro ser amiga dos meus filhos. Quero participar do crescimento, da vida, saber das suas escolhas e ajudar no que for preciso e tiver ao meu alcance.
Claro respeitando a privacidade deles.
Que bom que você e sua mãe são amigas. Eu também sou muito amiga da minha mãe e sem ela minha vida teria sido uma grande porcaria, pq ela é tudo. Ela é especial, uma mulher como poucas e que tem toda minha admiração, amor e respeito.
Enfim, quero ler A Filha da Minha Mãe e Eu.
Beijos e boa semana!